Bispo católico declara que “homossexualismo é dom de Deus” e causa rebuliço entre fiéis; Assista

A Igreja Católica, sob o pontificado de Francisco, adotou uma postura mais flexível em relação aos homossexuais, acolhendo-os na comunidade, mas sem, no entanto, desconsiderar a prática como pecaminosa. Porém, um bispo brasileiro resolveu inovar e afirmou que o “homossexualismo é dom de Deus”. Agora, o sacerdote está no centro de uma enorme polêmica.

Dom Antônio Carlos Cruz Santos, bispo de Caicó, no Rio Grande do Norte, pregou um sermão no último domingo, 30 de julho, que repercutiu de forma avassaladora nas redes sociais. O rebuliço foi causado porque, de um lado, a ala conservadora da Igreja Católica considera um equívoco do sacerdote; e de outro, a militância LGBT aproveitou a fala como propaganda.

O bispo expressa sua preocupação com o suicídio, e afirma que “o Evangelho por excelência é o Evangelho da inclusão”, usado uma frase muito comum nos púlpitos de denominações adeptas da teologia inclusiva, que considera a homossexualidade como uma expressão humana não condenada na Bíblia, e assim, aceita e incentiva a prática.

Santos se vale de uma retórica controversa, ao estabelecer a escravidão como parâmetro de comparação com a homossexualidade: “Talvez, seria o momento de assim como fomos capazes de dar um salto, na sabedoria do Evangelho, e vencer a escravidão, não está na hora de a gente dar um salto, na perspectiva da fé, e superar preconceitos contra os nossos irmãos homoafetivos?”

A polêmica declaração foi contextualizada dentro do discurso de que a homossexualidade não é escolha: “Na perspectiva da fé, quando a gente olha para a homossexualidade, a gente não pode dizer que é opção. Opção é uma coisa que livremente você escolhe, e orientação ninguém escolhe […] Escolha será a maneira como você vai viver a sua orientação, se de uma forma digna, ética, ou de uma forma promíscua. Mas, promiscuidade pode se viver em qualquer uma das orientações que se tem”, pontuou.

“Então, já que não é escolha, opção; Já que a Organização Mundial da Saúde, desde a década de 1990 não considera mais como doença, na perspectiva da fé nós só temos uma resposta: só pode ser um dom. É dado por Deus. Dom é isso: é dado por Deus. Não tem jeito”, concluiu o bispo, polêmico.

A reflexão do bispo católico partiu de um princípio social, mas ele não usou a Bíblia Sagrada em momento algum para justificar suas ideias a respeito do tema. En passant, mencionou alguns pontos do catecismo católico e trechos de declarações do papa Francisco sobre o assunto, para corroborar sua proposta. Assista:

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